Ter um cinema em casa é realmente um sonho se tornando realidade. Uma parte muito importante dessa experiência, além de um bom sistema de som, é uma tela de alta qualidade.

Mas qual seria a melhor opção: TV ou projetor? Quais características precisamos levar em conta para ter a melhor experiência?

Entenda como funciona cada uma dessas opções e que fatores considerar para escolher a alternativa ideal para sua casa:

Para acompanhar um home theater: projetor ou TV?

Projetor e TV são equipamentos distintos com funções semelhantes. 

A TV é um aparelho muito comum, geralmente encontrado com resolução de pelo menos Full HD no mercado brasileiro. Existe uma infinidade de modelos com diferentes tamanhos de tela e resoluções.

Já o projetor é um equipamento feito para projetar uma imagem em uma superfície ou tela de projeção com cor sólida.

Ainda que normalmente não possua alta resolução, também existem modelos variados no mercado. Quanto ao tamanho da tela, sua maior vantagem é justamente permitir configurações maiores que a TV.

Saber qual dessas opções é a melhor para sua casa depende do ambiente em que a tela será inserida, dos seus gostos e do seu orçamento.

Considerando que o seu objetivo é entretenimento, como ter um cinema em casa, é preciso atentar para algumas características de cada um deles. Confira abaixo um comparativo dos três equipamentos:

Tamanho do cômodo e da tela

Ao pensarmos em cinema em casa, geralmente pensamos em uma telona.

Antes de escolher um produto, no entanto, observe o tamanho da sala ou do local onde você irá colocar o aparelho. Se não houver muito espaço, uma tela grande ficará desconfortável, ao invés de criar uma experiência bacana.

Por exemplo, a distância recomendada para assistir um programa em uma TV com alta definição é de 1,5 vezes a 4 vezes o tamanho da tela. Sendo assim, uma TV de 75 polegadas (em 16:9), com uma altura de cerca de 96 centímetros, exigiria uma distância mínima de cerca de 3 a 4 metros.

De forma geral, no quesito tamanho da tela, a TV tem uma desvantagem: seu tamanho é fixo, enquanto o projetor tem a capacidade de variar, ou seja, a tela pode ser ajustada conforme o gosto. Projetores podem, por exemplo, imitar uma TV de 32 ou 65 polegadas.

Além disso, a TV precisa ser apoiada em um móvel ou fixada na parede, ocupando certo espaço. O projetor já é mais compacto.

Quanto à mobilidade, enquanto o projetor pode ser transportado e utilizado em diferentes ambientes, o que a princípio parece uma grande vantagem, convém apontar que, para realocá-lo, é necessário regular novamente zoom e foco.

Por fim, é importante destacar que, enquanto TVs normalmente exigem apenas atenção para a distância do sofá à tela, os projetores dependem também de fatores como iluminação para gerar uma boa experiência.

Para que o projetor funcione bem, é legal ter uma cortina blackout no ambiente. Se as janelas estiverem abertas e não houver cortina na sala, a imagem pode perder contraste, brilho e definição. Dito isto, existem telas com tecnologia ALR (Ambient Light Rejection) que permitem a exibição em ambientes bastante iluminados. Elas podem ser usadas para não refletir luzes de ângulos fora da projeção, sem necessidade de escurecer o cômodo.

Conectividades

Outro fator que altera a experiência são as conectividades. TVs, no caso smart TVs, normalmente vêm com conectividade à internet e diferentes aplicativos de streaming, como Netflix, Globoplay, Amazon Prime Video, HBO Go e outros.

Já a maioria dos projetores precisa de um media center para se conectar, como Chromecast ou Apple TV. Eles também costumam ter número mais limitado de conexões.

Dito isto, é possível conectar o receptor de TV Digital ou a TV a cabo ao projetor. A maioria possui entrada HDMI, e pode ser transformada em uma “smart TV”.

Outro ponto a destacar é que os projetores normalmente dependem de mais cabos, o que pode não ser ideal em alguns casos. Existem excelentes soluções para isso, porém, como um projeto de cabeamento estruturado.

Qualidade da imagem e do som

Existem TVs, projetores e painéis com diferentes resoluções, mas, no geral, o custo-benefício neste ponto é melhor com as TVs.

Por exemplo, no caso de equipamentos com resolução 4K, o investimento em um projetor é, normalmente, bem mais alto do que em uma TV. Além disso, nem todos os projetores têm suporte a funções como HDR, por exemplo.

Isso não significa, necessariamente, que a qualidade da imagem seja ruim no projetor. Isso porque a resolução pode ser uma característica superestimada no que diz respeito à qualidade de uma imagem.

A resolução depende, entre outras coisas, da distância do espectador em relação à tela. Por exemplo, a partir de certa distância, não há muita diferença entre uma TV full HD ou 4K, exceto, talvez, pela profundidade da imagem.

Alguns pontos normalmente pouco considerados (e mais difíceis de avaliar) podem afetar mais a experiência visual do que a resolução, como gama de cores, contraste e brilho.

Esses fatores podem dar mais textura e profundidade à imagem, tornando-a mais agradável. E, nesse quesito, os projetores são melhores. Além de ser possível ajustar o brilho e o contraste da tela, alcançando um bom equilíbrio para assistir as imagens em todos os seus detalhes, o formato maior também permite mais clareza e nitidez. Esse equipamento pode ainda garantir a integridade da imagem e alta precisão de cor, sem problema de desfoque e sombreamento.

Por fim, uma vez que a imagem do projetor é refletida, ao invés de representar uma luz diretamente lançada ao seu olho (como na TV e no painel de LED), ele "cansa" menos. Você provavelmente será capaz de maratonar filmes ou séries sem irritar os olhos ou sentir dor de cabeça.

Quanto ao áudio, nenhuma das opções é particularmente interessante. Projetores estão em desvantagem uma vez que normalmente não vêm com som.

Por outro lado, enquanto a maior parte das TVs do mercado conta com um sistema de som de relativa boa qualidade, ele é certamente insuficiente para uma experiência imersiva.

O cinema em casa pede por um sistema de som mais complexo, como um home theater com efeito surrond, algo impossível de ser alcançado somente com o áudio da TV.

Manutenção

TVs normalmente não requerem manutenção regular.

Por outro lado, as fontes de luz dos projetores têm uma vida útil e precisam ser trocadas com o tempo. Dito isto, costumam durar bastante – pelo menos cerca de 20 mil horas.

Conclusão

No geral, a TV é a escolha mais indicada para quem deseja uma boa experiência com mais simplicidade.

Isso porque existem modelos de fácil instalação com excelente resolução, tamanho de tela e custo-benefício, e que já vêm com todas as conectividades.

No geral, escolher uma TV exige menos conhecimento e investimento dos usuários do que escolher um projetor.

Por outro lado, se você deseja ter uma experiência de cinema em casa mais imersiva e possui um orçamento um pouco maior, os projetores, com maiores tamanhos de tela e imagens mais nítidas ou mais vivas, são melhores opções.

Para não errar na escolha, porém, é importante ter ajuda profissional. Não só para garantir que você adquira a melhor opção para a planta da sua casa, mas também que ela seja instalada e posicionada corretamente para que se tenha uma boa experiência.